quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

    Com o passar dos anos a igreja mudou em vários aspectos, desde o primeiro grupo reunido com apenas doze discípulos, até grupos gigantescos, de milhares de pessoas. Encontramos igrejas de doutrinas diferentes, números diferentes, entretanto, o problema continua, agora, não mais sobre Judeus e gentios, mas cristãos e não cristãos. As dificuldades são diversas e se manifestam de diferentes formas, mas não podemos negar que, como seres humanos, cristãos ou não, todos buscamos a mesma coisa. A vida é a mesma aonde quer que formos e não adianta tentar fugir. Os maiores medos, inseguranças e obstáculos não estão nas pessoas com quem nos relacionamos ou no espaço geográfico onde nos encontramos, mas, no interior de cada um de nós. Levamos os problemas e dúvidas em nossos corações e mentes, e se não pudermos nos desfazer destas mazelas (e realmente não podemos sozinhos), contaminaremos todos quantos trombarem conosco nesta Terra.
            Parece-me que algo, nós cristãos, perdemos durante nossa caminhada. Tentamos com palavras expressar o que vivemos o que somos, e o que Deus é. Queremos explicar o mistério transcendente da vida de Deus em nós. No entanto, coisas do mundo jamais explicarão o que não é do mundo. Buscamos a Deus, e quando encontramos (somos encontrados), continuamos procurando o sentido de nossas vidas. Ansiamos pelo dia em que seremos transformados e levados com o Pai, porém, gastamos toda nossa força humana para encaixotar o criador do universo em sua criação, para torná-lo expressão de nossas vidas apáticas. Desgastamo-nos no engano de que nossas perguntas nos ajudarão a entender a graça, quando na verdade, o que queremos é sentir que temos domínio sobre algo. As escrituras nos ensinam a não temer e lemos “não temas” o número de vezes suficiente para todos os dias do ano. Sabemos que não precisamos temer, mesmo assim o medo nos paralisa. Nossas mentes são complexas até mesmo para nós. Nosso Pastor Perfeito, no entanto, não desiste, Ele sabe que não precisamos temer, mas se tivesse esperado que o medo fosse embora ao som do primeiro “não temas”, não o teria repetido para que ouvíssemos até agora e também todos os dias que ainda nem vivemos.
            Jamais teremos respostas para todas as perguntas, ou saberemos com certeza sobre o dia de amanhã, ás vezes, não saberemos como agir em relação à nada, nem mesmo teremos explicação lógica para nossa crença neste Deus, mas, que realmente seja assim, pois se conseguíssemos alcançar o fim do infinito, que tipo de infinito seria esse?

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