Em uma certa tarde, ao olhar pela janela, viu que chovia lá fora. Sentiu o coração doer e suas idéias escurecerem. Não havia sol algum trazendo esperança, resolveu então olhar para dentro de si.
Chorou ao deparar-se com o vazio, há tempos não passava por ali e não fazia idéia da total devastação que ela mesma provocara. Percebeu que com o passar do tempo deixou os sonhos voarem para longe, trocou sorrisos verdadeiros por falsas emoções, jogou fora a mobília de projetos que traziam vida.
Sentada, sozinha no centro de seu coração vazio, enxergou ainda um pequeno baú, ao abrí-lo, juntou forças para dar um sorriso, pois ainda haviam ali algumas poucas lembranças, fleches da vida e pequenas faíscas de esperança começaram a ocupar um lugar na sala vazia.
Levantou-se e olhou novamete pela janela, ainda chovia lá fora, porém não mais em seu coração, era hora de deixar o sol brilhar...
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